"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Genética (aula: 29-09-2009)

GENÉTICA


Genética (do grego genno = fazer nascer) é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. O termo genética foi primeiramente aplicado para descrever o estudo da variação e hereditariedade, pelo cientista William Bateson numa carta dirigida a Adam Sedgewick, datada de 18 de Abril de 1905.
Os humanos, já no tempo da pré-história utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento selectivo de animais e plantas. Actualmente, a genética proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interacções genéticas. No interior dos organismos, a informação genética está normalmente contida nos cromossomas, onde é representada na estrutura química da molécula de DNA.
Os genes codificam a informação necessária para a síntese de proteínas. Por sua vez as proteínas influenciam, em grande parte, o fenótipo final de um organismo. Note-se que o conceito de “um gene, uma proteína” é simplista: por exemplo, um único gene poderá produzir múltiplos produtos, dependendo de como a transcrição é regulada.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sou um ser Humano...

Sou um ser, sou alguém que parece que já viveu tanto. Vivi de paixões como qualquer pessoa, de sofrimentos, de perdas de pessoas, de momentos vazios, de momentos aconchegantes, das coisas que já vi, das coisas mais macabras que me aconteceram, que ainda hoje olho-me no espelho, reflicto de mim próprio e espanto-me com o que vejo ali no espelho, com o tempo que já passou, com o tempo que ainda tenho de viver, com as experiencias pelas quais passei, pelas coisas que senti, pelos sonhos que sonhei, pelas ilusões que cegavam, até das experiencias dos outros que eram guardadas nesta caixinha com tudo o que há de mau e de bom na vida, desde alegrias a tristezas, desde sofrimentos a gargalhadas. Ao longo da vida vou pensando no que sou ou no que posso ser, até nos actos que pratico todos os dias e no entanto não sigo regras da sociedade, nem tão pouco regras de religião da qual eu tanto detesto. Não me critiquem sem antes me conhecerem bem. Eu não sei nada, mas na vida de alguns de vós nem o nada existe, tiveram uma vida quase cor-de-rosa, com coisas de encantar, sonhos…Eu vivo a realidade, vivo vivamente… Não me digam que vivo sempre num mundo negro, não me digam que vivo sempre na tristeza, pois foi com as tristezas que aprendi muito e que me definiu o que sou.



“A vida é mesmo assim,
feita de tudo e de nadas.
Não, não façam chinfrim!
Pois é isso mesmo,
O importante é saber
seguir em frente
e não deixar de crer
que um dia
de tristeza e de revolta
são dias de alegria
e que a vida é uma reviravolta.”

Diogo Viana in Poema: Na vida: sonhos ou factos"



Vivo de tudo, mas não sou nada. Vivo de acordo com o que penso. Tenho qualidades como qualquer pessoa, tenho defeitos como qualquer pessoa, defino-me apenas por”um ser humano”. Se calhar devido ao que já vivi, sou o que sou e serei um dia o que quero ser, ajudar os outros nos seus problemas pessoais, sociais ou até quem sabe profissionais. Quero um mundo melhor, em que se possa dizer num som mais alto: “Eu estou vivo e sou muito feliz por viver neste mundo”, sem fanatismos, sem guerras, sem violência, sem hipocrisias, sem roubos, sem homicídios, sem racismos, sem escravidão, num pais quase perfeito, num pais que até é quase impossível ser assim, mas porque não tentar fazer por isso? Se as pessoas não têm este pensamento, porque então viver? Quero ser alguém a fazer isso e quererei que mais pessoas no mundo o façam sem nenhuma intenção em receber algo por isso, mas apenas por querer ver o nosso mundo a mudar, mas a mudar para MELHOR. Sou o que sou e tu?






“Sou um ser em formação, construo-me de dia para dia, de acto para acto, de experiencia para experiencia, do saber para o saber, pois a experiencia e o saber (transmitido e adquirido) fazem os Homens mais fortes, tornam-se donos da vida, da mudança e da reviravolta de comportamentos que até os mais sábios tentam compreender ou entender com alguma teoria ou pensamento. Neste momento deixo-te simplesmente remexer na tua mente e a entender o significado de todas as palavras que me caracterizam...”

Diogo Viana in Blog "Dark Think"

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Am(bia)guidade

( Na aula de 17 de Setembro, realizamos um jogo de auto-conhecimento. Um colega escrevia algo sobre nós num papel, e depois tínhamos que o ir ler para a turma, iniciando depois um trabalho de reflexão sobre o que lá estava escrito. )

A Ana escreveu para mim um agradável bilhetinho, não fosse ela das pessoas que melhor me conhece; diz ela "és uma pessoa espectacular, pode-se sempre contar contigo pois és leal, amiga, honesta e sincera. gosto muito de ti assim como és! No entanto, és um pouco teimosa, e isso nem sempre é bom."


Pensando para comigo, chego à conclusão de que isto de facto é verdade... mas faltavam alguns pormenores essenciais da minha personalidade (eu desculpo a Ana, mais tarde disse que simplesmente se esqueceu de os mencionar!). É facto que eu me preocupo com as pessoas que me rodeiam, com as pessoas de quem gosto, e tento sempre estar ao lado delas dando-lhes o meu apoio. Sou também muito teimosa, sim, sobretudo quando sei que tenho razão, mas a teimosia nem é o "problema" principal.
Eu sou de signo Gémeos, e sempre me disseram que um bom Geminiano comporta-se quase como se tivesse duas personalidades. Se olhar bem dentro de mim, vejo que lá residem a Beatriz Rodrigues Cunha Ferreira Tavares, e também a “Bruxa Cornélia”.
A Beatriz encaro-a como alguém que se preocupa com os outros, que é sensível e se interessa pelos mais diversos assuntos, sobretudo os que ultrapassam o conhecimento humano. A Beatriz gosta de ler, escrever, música, também, e é mais do tipo reservado. Odeia enfrentar uma plateia, logo odeia apresentações orais de trabalhos. No entanto é alguém simples e humilde que se preocupa mais com as satisfações básicas da vida.

Mas o meu interior sofre constantemente oscilações de humor, “troca de personagens”, e pelo mais simples pormenor, a Beatriz é substituída pela Cornélia. Sim, porque situações grandes e óbvias não me provocam tanta raiva como os pequenos pormenores, aparentemente insignificantes. Então, quando isto acontece, reparo que a Cornélia se exalta, e passo a ser encarada como alguém mau. Quem não me conhece mesmo, fica com a impressão que sou alguém mesquinho e que ajo com maldade. Realmente admito que alguns dos meus actos possam passar por maldade, mas não é esse o objectivo. A Cornélia aparece sem aviso prévio e não tenho capacidade para a controlar, daí dizerem que ajo por impulso. Sim, sou extremamente impulsiva, sigo sempre os meus impulsos, bons ou maus, deixo que o coração domine a razão. Não tenho força suficiente para exercer auto-controlo. Acabo sempre por admitir os erros e pedir desculpa, mas novamente caio no mesmo erro de deixar a Cornélia acordar. É como uma luta interior. Como o anjo a falar ao ouvido esquerdo e o diabo ao ouvido direito. Porque dentro de mim existe um turbilhão de sentimentos. Nunca sinto um sentimento sozinho, vem sempre acompanhado do seu oposto. Quando amo, sou capaz de odiar a mesma pessoa. Quando gosto duma música, sou capaz de a detestar no mesmo instante. Quando me apetece dedicar a um trabalho específico, uma parte de mim sente que esse trabalho é entediante. Nunca tive um sentimento sem o seu oposto. Apesar de tudo, acho que isso seria monótono. É aqui que vem a metáfora do anjo e do diabo, a oposição de sentimentos. No entanto, perante pequenos pormenores, o diabo ganha sempre e a Cornélia acorda. Já tive muitos problemas por causa disto, sei que não é certo e que devia mudar, mas mudar a nossa personalidade é sempre difícil, principalmente quando sinto que quase não me conheço.

A nossa maior ilusão é acreditar que somos o que pensamos ser" (Henri Amiel)


"(...) é difícil escrevermos de nós... para nós (...)"



- É muito mais fácil ceder à preguiça que sinto, e pedir ao outro que escreva por mim algo que nem eu consigo dizer, mesmo quando acho que me conheço a 100%!!!



"É muito mais fácil ceder (...)"




- É então que surgem frases que "regam" o ego de qualquer mortal, como uma jardineira que cuida das suas plantas como que sua vida dependesse disso...





[Não resiste e acaba por ceder]


"És uma pessoa de ideias próprias... uma personalidade forte... És amigo... teimoso..."

"És lindo e dos maiores orgulhos que eu poderia ter, este verão. amigo ogre, amô e amizade 4ever."

"Pedro , Pedrinho e Pedrocas gosto de ti como és , queridinho , fofinho e lindão . Te adoro Rapazinho do meu coração"

"O Pedro é um rapaz muito divertido, demasiado bem-disposto; dá-se bem com toda a gente; é simpático; é definitivamente uma pessoa porreira; quanto aos defeitos, sinceramente não sei. Uma forma de continuar a ser como ele é, é ser positivo/optimista e agradável com as pessoas."



[Começa a corar... Mas essa sensação é rapidamente substituída por uma sensação intrigante]


- Será que sou isto tudo?... Será que as pessoas que me rodeiam se deixam envolver por umas gargalhadas mais histéricas e por umas piadas pensadas vezes sem conta, planeadas simplesmente para provocar uma reacção efusiva nas massas......

[Pausa]

- Ou será que sou isto tudo?... E que todas as pessoas que me rodeiam vêem em mim mais do que um bobo sem corte à espera de risos desgarrados da sua plateia...? E será que as piadas... são palavras instantâneas de um velho comediante reformado a animar uma plateia pouco exigente....?


[pausa maior]


"Sabemos muito pouco o que somos e menos ainda o que podemos ser" (Lord Byron)


Não sei...

[Cara intrigada começa rapidamente a desvanecer-se...]

- NÃO! Sou o Pedro... só o Pedro...! Porque tenho de ser algo mais... sou apenas mais um de 6800000000 a tentar sobreviver e lutar por um lugar ao sol...! Sou eu, sem pontos, virgulas, exclamações e, sobretudo, sem interrogações....!

[Acelera o ritmo]

- Sou o rapaz de 17 anos que tenta por tudo conhecer a fundo todo o mundo, e conhecer pelo menos umas 50 línguas diferentes!... O rapaz que quer conhecer o Oriente e dar cartas na tradução e nas artes performativas!... Aquele que gosta de fotografar e não de ser fotografado e gosta de estar com amigos, de sair à noite, de sair de dia, de sair de tarde...
De sair!

[Pausa]
[Nostalgia]

- O Rapaz pequenino que um dia sonhou ser escritor... mas que desde cedo dava cartas no "showbiz"... O gordinho da cantina onde desde cedo representava os "olhinhos" de duas professoras muito distintas, desde já, demonstrando a sua flexibilidade em escolher "os amigos"!...
O Pedro já maior... o gordinho do ciclo que além de introvertido, é aquele menino que é gozado nos corredores... mas é forte!...

[Emoção]
[Desabafo]

- Nunca mostrei!... Nunca me mostrei sequer incomodado... "Resvala na couraça da minha indiferença!"... dizia a Sara Mateus!... Cresci... tornei-me em mim... o Pedro capaz de superar qualquer ofensa sem sofrer um bocadinho!... Sou eu... A pessoa divertida que o é apenas por o ser e não porque tem que esconder algo de si!... Sou eu.

- Sou eu com muitos pontos, virgulas, exclamações e, sobretudo, com muitas interrogações....!

[Fecha o pano e o actor sai pela direita alta]

Uma reflexão sobre mim...



Eu sou uma rapariga responsável, que gosta de se divertir, no entanto quando tenho de assumir uma atitude mais séria faço-o sem problemas; sou empenhada, ou pelo menos tento fazer tudo correcto; não gosto de conflitos, de confusões, sou bastante passiva; gosto de ajudar e partilhar, sejam elas pessoas diferentes, não tolero discriminações; sou amiga do meu amigo, gosto de ter alguém com quem conversar sobre qualquer coisa e quero que os outros sintam o mesmo ao saber que estou aqui para os ouvir e ajudar; em contrapartida sou uma pessoa muito “fechada”, no topo dos defeitos está a insegurança e a falta de auto-estima e com isto é por vezes difícil transmitir como é que afinal sou e como é a minha vida,; não gosto de falar sobre o que sinto, sou daquele tipo de pessoa que ouve, vê e sente mas guarda tudo para ela mesmo; não dou a entender se estou com problemas, a minha reacção é rir e olhar em frente, quando tenho de chorar faço-o sozinha; e às vezes transmito uma ideia de que sou uma “pedra”, na medida em que nada me afecta, mas afinal de contas também tenho sentimentos, bons e maus momentos mas guardo-os para mim.

E como não fujo à regra, sou teimosa e preguiçosa, mas acabo sempre, ou quase sempre, por fazer aquilo que me pedem.
“Esta” insegurança de que tanto falo está um pouco relacionado com os complexos que tenho de mim mesma, isto vai de encontro com a elevada preocupação que dou ao que os outros pensam e dizem, e chego ao ponto de ter uma opinião própria sobre alguma coisa/tema e não a partilhar por ter receio do que os outros vão pensar, apesar de saber que esta insegurança me vai trazer alguns problemas ao longo da vida.
Agora, estou numa fase da minha vida em que a compreensão é fundamental e devo pensar que o mundo não está todo contra mim e que melhores dias virão, porque os maus momentos marcam definitivamente a nossa vida, no entanto são eles que nos fazem/ajudam a aprender e a crescer enquanto ser humano e devo tentar confiar mais nas pessoas e pensar que o que importa não é o que os outros pensam e dizem mas sim o que realmente sou e o que eu quero para mim/para a minha vida!! Porque eu sou assim!!

O reconhecimento de mim própria :D

Uma vez que ninguém escreveu a meu respeito no jogo que se
realizou na aula, eu passo a falar um bocadinho sobre mim….

Sou uma rapariga que está neste momento numa das fases mais interessantes da vida. Esta é a altura ideal para aproveitarmos a vida; conhecermos o mundo que nos rodeia; criar novos laços afectivos; mas é também o momento primordial para nos conhecermos a nós próprios, reflectirmos sobre a nossa personalidade…
Como uma jovem normal gosto de sair, de estar com os meus amigos, de conhecer, etc.… Relativamente à pessoa que sou, vejo-me como um ser divertido, honesto, humilde, companheira, sou sensível(qualquer coisa por muito simples que seja afecta, até mesmo simples brincadeiras), muito sonhadora :P, em algumas situações sou um pouco tímida e insegura (por exemplo, tenho algum receio e dificuldade em me envolver num grupo onde não conheço ninguém), sou simples, mas uma das minhas grandes qualidades e as pessoas que me rodeiam sabem perfeitamente, é que sou Amiga. Isto é, não sou capaz de ficar indiferente a um problema que afecta uma pessoa que me seja próxima; não consigo abandonar um amigo; estou sempre presente quer seja nos bons ou maus momentos…os meus amigos sabem que podem contar sempre comigo, que eu estou sempre “aqui”… Isto pode parecer que estou a ser demasiado convencida, mas não, é a realidade, porque eu vejo nos meus amigos (os que são mais próximos, com quem tenho uma ligação/relação mais cúmplice) uma segunda família, são pessoas que me ouvem, me respeitam, me ajudam, me criticam, enfim que fazem parte da minha vida…é uma das minhas características.
No entanto, não sou uma pessoa apenas com qualidades e virtudes; como qualquer ser humano tenho defeitos, e muitos deles prejudicaram-me já algumas vezes. Sou teimosa, por vezes tenho alguma falta de sentido de humor, assim como tenho também e com regularidade oscilações de humor (tanto posso estar muito bem num dado momento, como passado 5minutos já estou chateada/perturbada), preocupo-me muito com a opinião e a forma como os outros me vêm e o que pensa sobre mim, tenho grande dificuldade em aceitar elogios (quando dizem que sou bonita…) talvez por não me identificar com eles, quando tenho problemas fecho-me, não os partilho com ninguém, e é muito raro saber se algo se passa comigo, porque tento sempre passar a imagem que os que me rodeiam criaram de mim, alguém que é feliz, que anda contente….
Adoro ler; gosto muito de estar isolada a olhar para o céu, para o horizonte e pensar na vida; sou uma pessoa de ideias fixas, luto por aquilo que quero, por realizar os meus sonho e atingir os meus objectivos; e faço sempre com que as pessoas de quem gosto tenham orgulho de mim e nunca deixo que fiquem com má impressão por alguns actos inconscientes. Detesto discriminações; não gosto de conflitos nem de falsidades.
Já passei por situações complicadas que me marcam muito a minha vida, foram momentos que me fizeram crescer e permitiram-me perceber que a vida é de facto uma coisa passageira; que mesmo já para o outro lado do mundo aqueles com quem partilhei momentos e uma parte da minha vida nunca se esqueceram de mim. Hoje com a idade que tenho reconheço que tenho alguns aspectos a meu respeito que tenho de corrigir, no entanto tenho uma vida pela frente onde terei tempo de aprender com os próprios erros, e sei também que não importa aquilo que os outros pensam a meu respeito, se gostam de mim ou não; o que interessa é aquilo que eu sou, e que independentemente da opinião dos outros, EU VOU SEMPRE GOSTAR DE MIM PRÓPRIA :D

A importância das primeiras impressões no estabelecimento de relações inter-pessoais


Na terceira aula de Psicologia, realizamos um jogo, em que cada um dos alunos escrevia num papel as virtudes e os defeitos de um amigo. Depois dividimo-nos e atiramos os papéis para as devidas pessoas. Cada elemento que recebeu o papel partilhou com o resto da turma o que tinham escrito a seu respeito, e de seguida disseram se concordavam ou não, e o que tinham de fazer para corrigir o que estava mal. Esta actividade não teve como objectivo censurar a personalidade de cada um, nem a maneira de ser, foi apenas uma forma de nos ficarmos a conhecer um pouco melhor uns aos outros, e também de nos darmos a conhecer.
É necessário que exista no mundo diálogo entre todas as pessoas, quer sejam brancas, pretas, vivam em casas de luxo ou em meros bairros sociais sem condições; o ser humano não pode nem deve ser visto pelo exterior; o valor das pessoas está no seu interior, nas suas qualidades, nos seus defeitos, pois ninguém é perfeito.
A sociedade de hoje recrimina um cidadão pela roupa que veste, pelo penteado que usa, se vive num bairro problemático, etc.…não são as coisas materiais, nem o meio que nos rodeia que faz de nós boas ou más pessoas.
As primeiras impressões nem sempre correspondem ao que a pessoa é, no entanto, ainda existem, e em abundância, muitos homens e mulheres que é através das primeiras imagens que captam que formulam o seu juízo, a sua imagem em relação a um determinado ser humano. Devemos conviver, partilhar uns com os outros para que se possa conhecer o Outro e estabelecer boas relações inter-pessoais, pois só desta forma é que seremos uma verdadeira sociedade, sem falsas ideias, sem recriminações; um mundo em comunidade, uns pelos outros.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Psicologia

Do ponto de vista etimológico…
Etimologicamente, a palavra “Psicologia” deriva da junção de dois termos gregos, “psyché” (alma) e “logos” (razão, palavra, discurso lógico ou racional acerca de). Deste modo, do ponto de vista etimológico, a Psicologia não é mais que um discurso racional acerca da alma.

O mito de Psyché (alma) …
Psyché era uma jovem princesa grega de beleza rara, por quem Eros (Cupido) se apaixonou. Para a conquistar, Eros (ou Amor), filho de Afrodite (Vénus, casada com Hefesto), deusa do amor e da beleza, e de Ares (Marte), deus da guerra, prometeu-lhe felicidade eterna, em palácio sumptuoso, mas pôs uma única condição: psyché nunca poderia ver o rosto do seu amado Psyché, morta de curiosidade e mal aconselhada pelas irmãs, que estavam roídas de inveja, acendeu uma candeia para poder contemplar o esposo adormecido. Por infelicidade, deixou cair sobre ele uma gota de azeite quente. Eros acordou e, sentindo-se traído, fugiu a toda a pressa e desapareceu.
Desde então Psyché teve de suportar uma série infindável de sofrimentos que Afrodite lhe impôs pelo desaparecimento do seu filho..

Zeus achou por bem intervir, e Afrodite reconciliou-se com Psyché, tornando-a imortal e ligando-a a Eros para toda a eternidade.
Com este mito se procura explicar a imortalidade da alma.

Um outro facto curioso está relacionado com o facto de na Grécia Antiga ser frequente ver sair da boca dos mortos uma dada espécie de borboletas (com tendência a procurar abrigo em cavidades húmidas). Estas borboletas eram chamadas psyche e possivelmente simbolizavam, para os gregos antigos, a alma que deixava o corpo após a morte.

As origens históricas da Psicologia…
Apesar de ser uma ciência relativamente recente, a psicologia deu os seus primeiros passos na antiguidade clássica, na Grécia Antiga. Durante séculos a psicologia esteve intimamente ligada à Filosofia e era entendida como o estudo da alma. Aliás, a alma foi objecto de várias reflexões filosóficas por diversos pensadores da antiguidade, como Platão e Aristóteles. Contudo, é a Aristóteles que se deve aquele que é conhecido como o primeiro tratado de psicologia, intitulado “De Anima”. Os pensadores teciam brilhantes e aprofundadas considerações sobre os mistérios da alma e da consciência.
No entanto, só no fim do século XVI (1590) é que aparece o termo “psicologia, introduzido por Rudolfo Goclénio.
Só no século XIX é que a psicologia se autonomiza e se constitui como ciência.

O nascimento de uma ciência…
No início do século XIX, os fisiologistas (estudam as funções vitais dos diferentes órgãos dos seres vivos) europeus começaram a estudar o funcionamento do cérebro de animais, retirando partes do cérebro a cobaias, através de operações cirúrgicas, e observando as alterações nos comportamentos daí resultantes. Também investigaram os comportamentos de pessoas com lesões cerebrais causadas por acidentes de toda a espécie.
Na primeira metade do século XIX, pioneiros como o fisiólogo Hermann von Helmholtz e o anatomista Ernst Weber começaram a responder através das suas investigações sobre o corpo humano, a questões onde surgia pela primeira vez de forma articulada, a ligação entre a fisiologia e o comportamento. Estava assim aberto o caminho para a criação na Alemanha, em Leipzig, do primeiro laboratório de psicologia aplicada (experimental), fundado por Wilhelm Wundt (1832-1920), assistente de Helmholtz.

O objecto de estudo da psicologia…
Actualmente a psicologia é uma disciplina científica, geralmente definida como a ciência que estuda os comportamentos, quer animais quer humanos, e os processos mentais.

· Comportamento – Qualquer coisa que o organismo faz, qualquer acção que podemos observar e registar. Sorrir, falar, pestanejar, suar são exemplos de comportamento.
· Processos mentais – Experiências internas e subjectivas que inferimos do comportamento. As sensações, percepções, lembranças, sonhos, pensamentos, crenças são exemplos de processos mentais.


Objectivos da psicologia enquanto ciência…
1. Descrever – comportamentos e processos mentais.
2. Explicar – os comportamentos, o que significa identificar as suas causas.
3. Prever – comportamentos, o que só é possível através da identificação correcta das causas.
4. Controlar – as circunstâncias que causam os comportamentos, a partir da explicação e da previsão.

Em suma, a Psicologia é o estudo do organismo humano e animal em toda a sua variedade e complexidade. É a ciência que se debruça sobre o comportamento humano e animal e sobre os fenómenos psicológicos. Tem por finalidade adquirir a capacidade de fazer predições correctas acerca dos fenómenos com os quais se ocupa.