"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Revisões para o teste 27-01-2010

A história pessoal como um contínuo de organização entre factores internos e externos

A nossa identidade pessoal é um cruzamento de influências hereditárias e ambientais que, em certa medida, são interpretadas por nós, isto é, assimiladas de acordo com o significado que atribuímos às nossas experiências pessoais.
A identidade pessoal designa o modo singular único e relativamente constante de agir, pensar e sentir, resultante da integração e apropriação ao longo da vida de influências hereditárias, ambientais e do significado que atribuímos às experiencias que vivemos.
Assim, viver num ambiente familiar conturbado em que o pai e a mãe se dão mal pode pré – dispor alguém para rejeitar a ideia de casar e construir família. Contudo, outra pessoa pode interpretar a vivência como uma forma de aprendizagem: ‘’casaram cedo de mais. Isso não dá bom resultado’’. Quem, durante o primeiro ano de faculdade, tem desempenhos fracos e é humilhado perante os outros colegas pode abandonar o curso amargurado ou então pode reagir, procurando as faltas do fracasso na falta de estudo – ‘’Nem sei onde fica a biblioteca, só sei onde fica o bar’’ – e voltar, disposto a tirar a desforra. As adversidades da vida conduzem certas pessoas a uma lenta auto – destruição no álcool e nas drogas e outras a revoltarem-se contra o destino, vendo na crise vivida sinal de novas oportunidades.
Natural e culturalmente condicionada, a personalidade é uma construção dinâmica e interactiva, cuja autoria, dentro de limites, nos pertence. Não somos simplesmente aquilo que herdarmos, não somos aquilo que nos ensinaram. Não somos unicamente o resultado das nossas experiências pessoais. Somos a resposta, positiva ou negativa, a todos estes factores. Seja qual for o instrumento e seja quem for o que dê (a genética ou a transmissão cultural), a musica depende normalmente do interprete. Para certos problemas, viver conflitos e ultrapassá-los.


Revisões para o teste da avaliação
Identidade pessoal;
Cognição – termo que designa os actos, processos e mecanismos envolvidos no processo de conhecimento, assim como o resultado da conjugação desses elementos. Adquirimos, tratamos e processamos informações, daí resultando conhecimentos que nos ajudam a resolver os problemas que a adaptação ao meio exige. O que conhecemos, como conhecemos, como usamos o que conhecemos, como comunicamos o que conhecemos, o que conhecemos aos outros são alguns dos temas que interessam aos estudiosos dos processos cognitivos. (ex: hardware e software);
Aprendizagem (página 139) – se pensássemos como agiria uma pessoa privada de tudo o que aprendeu, compreenderíamos bem a importância da aprendizagem da vida humana. Suponhamos a existência duma droga capaz de suprimir tudo o que se aprendeu, sem contudo lesar os mecanismos reflexos. A pessoa que a ingere-se teria conservado a maturidade fisiológica, mas do ponto de vista psicológico desceria ao nível do bebé. Teria todos os reflexos normais e poderiam mesmo gatinhar ou andar. Teria as mesmas necessidades fisiológicas, como, por exemplo, a fome ou a sede, que já possuímos. Mas não saberia o que comer ou beber, nem onde encontrar os meios de satisfazer as suas necessidades. Não terá a consciência ou noção do bem e do mal. O meio circundante não teria para ele nenhuma significação, os parentes e amigos pareceriam estranhos. Podia até parecer estranho a ele próprio;
Aprendizagem clássica e operante – ficha da professora
Condicionamento clássico:
Habituação e hábito – quando desenvolvemos um hábito aumenta a tendência para o cumprir (pensemos no hábito de fumar). A habituação, pelo contrário, corresponde a uma diminuição da tendência para responder a um certo estímulo (quando se fumava em todo o lado muitos não fumadores desenvolveram a tendência para ignorar o cheiro do tabaco).

Pensar-SE no futuro exige um conhecimento, preferencialmente vivido do que acontece na vida. ‘’Que um dia a mãe deixou-nos no infantário e ficamos com muito medo e muito tristes mas depois ela voltou. Que o nosso amigo passou a brincar mais vezes com o seu novo amigo, mas nós conhecemos outro com quem gostamos muito de brincar agora. Tivemos negativa num teste, mas na vez seguinte tivemos positiva.’’

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


''À um ano tinha ao meu lado um homem
com quem pensei que iria viver até ao fim dos meus dias.
Há poucas relações assim.
As pessoas ficam juntas pelas razões erradas:
para esquecer outras pessoas,
para mudar de vida.
Porque acham que chegou à altura de fazer o que todos
esperam que se faça: casar e ter filhos.
Raramente ficam juntas de uma forma livre e totalmente sincera,
raramente se unem de uma forma pura e verdadeira, por amor.
Nunca se falou tanto e tão abertamente de amor e de casamento
e no entanto nunca um e outro foram tão banalizados.
A sociedade de consumo transformou um e outro em produtos acessiveis,
nos tempos modernos vendem-nos com se viessem juntos na mesma embalagem.
A ideia do amor como sinonimo de casamento, e este como passaporte para a felicidade,
tornou-se uma industria para a musica, a literatura e o cinema.

Onde estás meu querido?
Porque trocas-te as nossas conversas pelo silencio?
Porque te escondes-te atrás da distancia depois do que vivemos juntos?


O meu casamento acabou assim: quatro anos da minha vida a lutar
por uma relação sem esperança, sem alegria, sem paz nem entendimento.
Pode haver amor sem entendimento? Claro que pode.
Assim como pode haver o maior entendimento sem uma restia de amor.
O que é verdadeiramente dificil é conseguir juntar as duas coisas.

Tudo em mim se habituara a ele: o meu corpo, o meu coração, os meus olhos, o meu sono.
E agora, que ele estava a sair da minha realidade de uma forma irreversivel,
era como se me arrancassem os membros,
sentia-me paralisada, perdida,
sem saber para onde ir, assustada e ferida,
sem sequer acreditar no que estava a acontecer.

O que sabia sobre ti era muito pouco.

Não quero desistir do amor,
e por isso é que me deixei levar neste amor por ti.
Acredito, que esse é um dos segredos perdidos do mundo moderno.
Assim como acredito que as lágrimas possuem um efeito curativo
e que sem dor nada se trata.
Nunca tive pornoguições nem ligo nenhuma à conversa fiada do destino.
Acho que cada um tem o seu destino nas mãos e somos nós, e só nós,
responsaveis pelo o que nos acontece.''