"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

terça-feira, 23 de março de 2010

"A solidariedade começa por mim"



Não é raro nós, alunos de humanidades, sermos rotulados como burros. Lamento desapontar quem pensa assim, mas de facto não o somos.

O que somos, realmente, são alunos com alguma sensibilidade e atentos aquilo que nos rodeia, e ao contrário do que acontece com colegas de outros cursos, não nos preocupamos tanto com as médias, mas sim em tirar proveito daquilo que aprendemos.

Parece confuso? É simples!

Nós, os alunos de humanidades, aproveitamos aquilo que aprendemos para desenvolvermos projectos bastante interessantes. A prova disso foi aquilo que se passou hoje na nossa escola.

Foi com alguns meses de trabalho, muito stress e uma professora incansável, que tornamos a visita do Dr.Fernando Nobre, presidente da AMI, num dos acontecimentos mais importantes que a escola alguma vez teve (pelo menos desde que frequento este estabelecimento de ensino).


Isto foi possivel, porque além de nos empenharmos em estudar outras disciplinas, preocupamo-nos em mostrar a toda a comunidade escolar aquilo que de melhor há no mundo para contrariar todos os males que nele existem.

No entanto, e não sei se por inveja ou por falta de inteligência, ouvimos comentários bastante desagradáveis.

Mas se agora somos rotulados como burros, mais tarde poderemos a vir a ser grandes seres humanos, pois teremos mais vitae do que curriculum.

Iniciativas como esta, farão de nós pessoas socialmente activas, e vamos lembrar-nos que aos 17/18 anos vestimos umas t-shirt's que tinham escrito "A solidariedade começa por mim".

quarta-feira, 17 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Nova Geração...

Uma criança que ria tanto, criava os seus jogos na escola com os seus amigos, brincava e pulava e mediante os tempos foi perdendo os amigos, conhecendo outros, criando uma espécie de casulo dentro de si, um escudo de protecção para as desilusões, isolando-se do mundo nos jogos daquela caixinha de luz, que prende e vicia, tira os bons e saudáveis hábitos alimentares aumentando a população obesa, deixando os pais preocupados, os mesmos que tem a culpa de hoje em dia não terem tempo para estarem com os seus filhos, para brincarem com eles, preocupando-se com o trabalho (apesar de ser necessário, mas como tudo tem limites), os mesmos que atiram as crianças para os psicólogos para terem uma tarefa que cabe aos pais, educar e terem uma relação próxima e de grande amizade rodeado com uma relação de autoridade e respeito… As crianças são as pessoas mais honestas e sinceras que conhecemos hoje em dia, riem nas alegrias, choram e gritam nas tristezas, demonstram e fazem esse propósito para que alguém as perceba, as ouça e as ajude, enquanto adultos riem nas alegrias, mas não choram, ou apenas nos momentos em que estão sozinhos, não demonstram esse sentimento que é normal e procuram em geral resolver esses problemas sozinhos, não querendo que ninguém as ajude. A sociedade repudia essas pessoas que demonstram esse sentimento. Este facto depende também da sensibilidade da pessoa, mas em geral as pessoas adultas tem tendências a serem mais frias que uma criança que corre em nosso auxilio. As crianças são o nosso futuro, que deve ser harmonioso e não de guerra e violência como os jogos de que falei atrás que só incitam na criança tendências de agressividade e por vezes de um sentimento de não-aceitação do perder… Daí se dizer que uma criança e como uma esponja que absorve tudo o que a rodeia desde o seu nascimento até ao seu desenvolvimento. Devemos preocupar-nos com estes maravilhosos seres que um dia serão a nossa herança quando não mais vivermos em corpo em alma. Por isso deixo aqui um pensamento, o que quererá que o seu filho seja?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Experiencia de Harlow

Correcção do teste_4/02/2010

Grupo I

1. Aquilo que captamos através dos nossos sentidos, como por exemplo, sentir algo macio, ouvir um determinado ruído que incomoda, a acidez de um determinado alimento, etc., são sensações. As sensações são informações enviadas dos órgãos receptores para o cérebro, mas não passam disso. Não sabemos o que é aquele determinado alimento se o cérebro não o descodificar. É aqui que actua o processo de percepção, que é “a forma como seleccionamos, organizamos e interpretamos os dados sensíveis para compreender o que se passa à nossa volta.” É assim, que ficamos a saber que aquele determinado alimento ácido é um limão, por exemplo
A relação entre a sensação e a percepção é algo que já nos acontece automaticamente, pois há um equilíbrio psicológico que o torna possível.
No entanto, nem toda a gente tem este equilíbrio psicológico. Os autistas, por exemplo, apesar de terem uma percepção muito mais elevada do que a nossa, esta não é equilibrada, isto é, se tiverem a capacidade de percepcionarem sensações visuais, as auditivas não são de todo tão desenvolvidas, por exemplo. Como observámos no filme “Rain Man”, o personagem autista tinha uma capacidade de percepção de sensações visuais incrível, no entanto, no que diz respeito a sensações auditivas isso não acontecia, parecendo, muitas vezes, que não ouvia.
Assim sendo, podemos comparar as sensações à matéria-prima de um objecto qualquer, e a percepção ao produto final, onde um sem o outro não funciona.

Grupo II

A aprendizagem enquanto comportamento humano baseia-se na retenção de conhecimentos, hábitos, rotinas, etc…
Para a aprendizagem ser bem sucedida, ela tem de se apresentar como impulsionadora de uma mudança de comportamentos, sendo que para isso, o indivíduo que aprende deve, ao fim da aprendizagem, ser capaz de conhecer outras realidades, que até aí não faziam parte do seu conhecimento. O Homem aprende de acordo com o que percepciona, por isso podemos afirmar que a experiencia e a sensação são os principais intervenientes neste processo; e, para que se verifique a mudança comportamental, o Homem deve treinar e praticar o seu novo conhecimento, sendo que esta pratica será outro elemento essencial na aprendizagem o homem deve ainda reter o que apreende é por isso que falamos de “aprender e apreender”, esta apreensão e normalmente feita automaticamente.
Segundo este parâmetro, uma mudança comportamental temporária, não deve ser considerado experiência – um indivíduo que partiu uma perna, e tem de usar muletas, não aprendeu “uma nova forma de andar; assim, também alguém que salta de pára-quedas não “aprendeu” uma nova forma de voar”. Ao compararmos a aprendizagem a um computador, podemos afirmar que uma pessoa ao aperceber-se que um certo programa é o melhor anti-vírus irá instalá-lo; esse anti-vírus substituirá outro (mudança comportamental) e ficará a ocupar espaço no disco rígido.
Desde tempos o Homem tentou estudar a aprendizagem, sempre tendo e vista maneiras melhores e mais rápidas de aprender. Pavlov impulsionou a primeira descoberta nesse campo – o condicionamento clássico. Com um cão, Pavlov demonstrou que o cão associava estímulos a uma condição. Através da extracção salivar, o fisiologista descobriu que o cão salivava sempre que lhe era apresentada carne; à apresentação da carne, Pavlov juntou estímulos (campainha/lâmpada); depois retirou a carne, apresentando só estímulo, o cão reagia na mesma mas ia gradualmente deixando de responder (extinção) … depois voltou a juntar carne ao estímulo, o que provocou no animal o surgimento da resposta (recuperação espontânea). Assim o fisiologista provou que o Animal aprende, associando um estímulo a uma condição.
Skinner foi outro fisiologista que se debruçou sobre esta temática… Provou recorrendo à caixa (com o seu nome) que alguém pode aprender segundo o reforço: um rato faminto foi posto na caixa com uma alavanca que, quando accionada, facultava ao animal alimento; o rato, accionou uma vez por acaso e outra…A partir de ter percebido que a alavanca correspondia a comida, o rato começou a accioná-la mais frequentemente.
Assim, devido ao reforço (positivo) o rato aprendeu como conseguir comida. Este método baseia-se no reforço positivo e negativo – o indivíduo que aprende é reforçado positivamente quando faz algo positivo e negativamente quando erra.
Existe ainda o castigo, que representa a apresentação de uma situação adversa (o reforço negativo é diferente do castigo - no primeiro é retirada uma situação positiva, no outro é retirada uma situação negativa).

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eheheh


A partir do momento em que percebi que o conceito de Inteligência é relativo, não me importo nada que me chamem burro!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Resumo da Aula

Na última aula falámos sobre a inteligência, nomeadamente qual seria a sua definição. Sucintamente inteligência é a capacidade de adaptação ao meio, ou seja, é a capacidade de enfrentar situações novas e de se adaptar a elas de uma forma rápida e eficiente, utilizar com eficácia, conceitos abstractos e fazer relacionações e aprender rapidamente.

Depois a professora deu um exemplo para justificar o facto dos testes de QI serem falíveis.
A Beatriz, dona de uma empresa, queria contratar uma pessoa para dirigir o negócio e tinha três candidatos: o Pedro, que tinha uma boa média – 19 valores – mas que na prática não sabia utilizar os seus conhecimentos nem socializar, e a Daniela e a Diana que tinham uma média baixa mas que na prática eram muito melhores do que o Pedro.
Qual dos candidatos, a Bia deveria escolher?
Sem dúvida que a Daniela e/ou a Diana. Com este exemplo podemos explicar que os testes de QI são falíveis. O Pedro tem um excelente teste mas na prática é muito fraco ao contrário da Daniela e da Diana. Ou seja de que serve ao Pedro ter muitos conhecimentos se não consegue utilizá-los na prática.
Durante a aula também falámos do amor que é um sentimento duradoiro, há quem defenda que é eterno, e pode não ser correspondido.
Amar não é gostar sempre, isto porque, quando a outra pessoa nos magoa, nos desilude, apesar de a amarmos não gostamos dela.

Falámos também da inteligência conceptual e prática.
Inteligência conceptual é a capacidade de resolver problemas mediante conceitos e símbolos abstractos; uma vez que os conceitos se exprimem através de palavras, é dita inteligência versal.

A inteligência conceptual também está envolvida na resolução de problemas práticos.

Inteligência prática é a capacidade de resolver problemas mediante actos motores, criação e adaptação de instrumentos.

Textinho Sobre o Blogue para Publicar no Jornal, Amiguitos


O Homem (não) Informatizado


Desde o século XVIII, com a Revolução Industrial, o Mundo tem assistido ao incrível poder da máquina; depois do êxtase que o vapor provocou no Homem, este não parou de o desafiar criando e desenvolvendo uma série de mecanismos de modo a satisfazer a sua sede contínua de ganância. O Homem está agora num estádio de desenvolvimento que seria considerado utopicamente absurdo na sociedade do século passado. Chegámos a outra questão:
“É espantosamente óbvio que nossa tecnologia excede nossa humanidade”…
Assim como Albert Einstein, também outros são da opinião que a tecnologia substituiu a importância da humanidade nos nossos dias.



Então porque não usar esta nova forma de desenvolvimento em abono do Homem, que foi, no fim de contas, o seu criador? É proveitoso usar esta tecnologia para difundirmos a mensagem de “Humanização” para a sociedade robotizada em que vivemos; Desta forma, no âmbito de Psicologia B criámos um blogue que tem como objectivo a criação de um espaço de exteriorização de sentimentos, de publicação de reflexões e dissertações acerca de temas que gostemos e ainda um espaço de publicação de artigos que possam contribuir para a consolidação de matéria e estudo para testes.
O projecto, já de si original e vanguardista, torna-se ainda mais especial se pensarmos no modo em como os alunos se expressam: sem medo de serem julgados e com vontade de partilhar novas experiências, sempre orientados para uma reflexão crítica acerca do que nos rodeia – o que faz de nós Pessoas e não robots “constatadores de factos”.
O Projecto ganha agora maiores proporções, se pensarmos que nos podemos ligar ao Mundo, nomeadamente a outras escolas à distância do já famoso “clique do rato”.

A rede de blogues continua a crescer e são já alguns os jovens que gostam de publicar o que sentem acerca dos mais variados temas, proporcionando a outros: experiências e culturas que fazem de nós, uma sociedade verdadeiramente “Humanizada”. Desta forma, deixamos o link do blogue para que o possam visitar quando quiserem: psi12psi.blogspot.com.


Pedro Cunha

domingo, 7 de março de 2010

a NOSSA história de vida.

Com algum tempo de atraso, decido publicar a minha opinião acerca da actividade que realizámos no início deste período sobre a nossa história de vida.



Através de textos, músicas, poemas e pinturas, foi-nos proposto falarmos sobre o nosso percurso neste mundo. Considero que o resultado foi muito bom, uma vez que contribuiu, pelo menos na minha perspectiva, para melhor nos conhecermos a nós mesmos e também aos colegas e amigos que partilham connosco esta fase da vida.
Muitas vezes julgamos as pessoas e as suas atitudes sem as conhecermos devidamente, pois esquecemo-nos que todos somos fruto das nossas vivências e experiências. Com este trabalho, ficamos a conhecer aspectos que até hoje desconhecíamos na vida uns dos outros e que, em muitos casos, explicam atitudes e formas de viver a vida que sempre condenámos nessas pessoas. Afinal, quando alguém cresce sem qualquer fonte de amor e carinho, não podemos esperar que agora se comporte e se relacione da mesma forma que uma pessoa que tenha crescido num ambiente familiar estável. Pelo contrário, devemos compreender que somos factor indispensável para que essas pessoas possam hoje integrar-se de forma mais saudável na nossa sociedade, e que a sua perspectiva sobre o que é a vida seja mais positiva e optimista.
Também foi óptimo a nível pessoal, na medida em que, falando abertamente sobre assuntos que sempre nos pesaram na alma com pessoas do nosso meio escolar, torna essas experiências mais leves e menos dolorosas, ao mesmo tempo que contribui para um aumento das relações humanas na turma. Temos sempre também a oportunidade de ouvir opiniões e conselhos sobre o modo como encaramos as contrariedades da vida, para que no futuro, essas experiências sejam encaradas com maior inteligência.
De um modo geral, este tipo de actividades é positivo e enriquecedor na medida em que ajuda a criar um maior elo de ligação entre nós, aumentando a nossa confiança e compreensão mútuas, e penso que será sempre proveitoso para todos nós que estas actividades continuem a ser desenvolvidas, pelo menos, na nossa sala de aula!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Explicação da estupidez humana

“Há biliões de galáxias no universo observável e cada uma dessas contém centenas de biliões de estrelas. Numa dessas galáxias, orbitando uma dessas estrelas, há um pequeno planeta azul, e este planeta é governado por um bando de macacos. Mas esses macacos não pensam em si mesmos como macacos, eles nem sequer pensam em si mesmos como animais. De facto, eles adoram listar todas as coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opositores, auto-consciência; eles usam palavras como Homo Erectus e Australopithecus. Tu dizes to-ma-te, eu digo to-ma-ti. Eles são animais, certo? Eles são macacos, macacos com tecnologia de fibra óptica digital de alta velocidade, mas ainda assim macacos. Quero dizer, eles são espertos, tem que se aceitar isso: as Pirâmides, os arranha-céus, os aviões, a Grande Muralha da China. Isto tudo é muito impressionante, para um bando de macacos, macacos cujos cérebros evoluíram para um tamanho tão ingovernável, que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes, todos os outros animais podem simplesmente ser, mas não é tão simples para os macacos, pois os macacos são amaldiçoados com a consciência, e assim os macacos têm medo, os macacos preocupam-se, os macacos preocupam-se com tudo, mas acima de tudo com o que todos os outros macacos pensam, porque os macacos querem desesperadamente encaixar-se com os outros macacos. O que é bem difícil, porque a maior parte dos macacos odeia-se, isto é o que realmente os separa dos outros animais, estes macacos odeiam, eles odeiam macacos que são diferentes, macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes. Os macacos sentem-se sozinhos, todos os seis biliões deles, alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas, os macacos querem respostas. Os macacos sabem que vão morrer, então os macacos fazem Deuses, e adoram-nos, então os macacos começam a discutir quem fez o deus melhor, e os macacos ficam irritados, e é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa hora de começar a matar-se uns aos outros. Então os macacos fazem guerras, os macacos fazem bombas de hidrogénio, os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir, eles não conseguem evitá-lo. Alguns dos macacos tocam para uma multidão vendida de outros macacos, os macacos fazem troféus e então eles os dão a si mesmos, como se isto significasse algo. Alguns dos macacos acham que sabem de tudo, alguns dos macacos lêem Nietzsche, os macacos discutem Nietzsche, sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche era só outro macaco. Os macacos fazem planos, os macacos apaixonam-se, os macacos fazem amor, e então fazem mais macacos. Os macacos fazem música e então os macacos dançam, dancem, macacos, dancem! Os macacos fazem muito barulho. Os macacos têm tanto potencial, se eles ao manos se dedicassem… os macacos rapam os pêlos dos seus corpos numa ostensiva negação de sua verdadeira natureza de macaco. Os macacos constroem gigantes colmeias de macacos a que chamam “cidades”. Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias na Terra. Os macacos estão ficando sem petróleo, que alimenta sua precária civilização. Os macacos estão poluindo e saqueando o seu planeta como se não houvesse amanhã. Os macacos gostam de fingir que está tudo bem. Alguns dos macacos realmente acreditam que o universo inteiro foi feito para o seu benefício. Como se pode ver, esses são uns macacos atrapalhados. Estes macacos são ao mesmo tempo as mais feias e mais belas criaturas do planeta. E os macacos não querem ser macacos, eles querem ser outra coisa, mas não são”

O que é o amor?


Estive a pesquisar para ver se encontrava resposta à pergunta "O que é o amor?", e encontrei esta história. Achei-a linda e percebi que não vale a pena tentar entender o que é o amor, pois não se explica, simplesmente sente-se.


"Numa sala de aula, havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.

As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora pediu:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.

A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor! Não é linda?!

A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido das suas asas. Vou colocá-la na minha colecção.

A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele tinha caído
do ninho junto com outro irmão. Não é tão engraçado?

E assim as crianças foram-se colocando.

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora dirigiu-se a ela e perguntou-lhe:
- Minha querida, por que é que não trouxeste nada?

E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.
Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir à árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?

A professora agradeceu à criança e deu-lhe nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração."