"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Documentário sobre Psiquiatria

Pessoas lindas deste blogue,

olhem chegou-me ontem um filme de LA sobre a psiquiatria.

Pelo que percebi (ainda não vi tudo) relata um bocadinho o lado "mau" desta "ciência" a começar pela sua história, indo até à particularidade de algumas "psiquiatrias" - a russa, por exemplo.


Se vocês quiserem que vos empreste, ou que vos grave um, peçam, ok?


Beijinhos e Abracinhos

:D

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O percurso


É segunda...

14 de Junho...

São neste preciso momento 20:15...

Faltam dois dias (mais coisa, menos coisa) para o exame de português...

Exame esse que, por acaso, coincide com a minha prova de ingresso para a tão esperada UM...


Enfim...


Que dia melhor para homenagear pessoas que mereçam?...



Apesar dos avisos da professora que teríamos de colocar as auto-avaliações até terça-feira e, achando eu que não conseguiria falar do meu percurso sem falar da professora Diana, optei por não publicar a minha opinião sobre a magnífica desciplina de Psicologia! Visto que tal atitude da minha parte podia significar que queria "polir" a senhora professora... apesar dessa não ser, de todo, a minha intenção!


No terceiro período do ano transacto, fui confrontado com uma parafrenália de disciplinas que podia escolher... depois de muita confusão feita pela mãe natureza (vulgarmente conhecida como concelho executivo ou direcção) achei por bem responder com um uivo: Psicologia...


Com muitas reticências lá acabei por entrar no arrevesado pântano do Kant, do Piaget, do Descartes e do Nietzsche...


Qual leoa protectora... decidi que tinha, neste ano, de zelar pela porcaria das minhas crias... ou para usar a gíria do estudante - notas!...

Esta seria uma bela oportunidade para que isso acontecesse visto que seria uma disciplina com uma nova professora, que não me conhecia... uma óptima forma de sair em grande...


Cheguei à sala:

"Olá... chamo-me Diana Tavares e vou ser a vossa professora de Psicologia...!" (Ya s'tora e podemos sair?)


Depois de 5 minutos de conversa, percebi que aquela professora não seria normal... (Arre! uma professora com brilhantes no cabelo e madeixas! Promete)


O que é certo é que a partir da segunda aula já achava a professora um máximo... jovem, divertida, acessível... enfim... uma pessoa (citando o nosso querido primeiro ministro: ) "porreira, pá!".


Prometia.


Ainda por cima, a senhora Diana Tavares até dizia que eu participava benzito e tal... vamos esperar plo teste.


De facto até ao meu primeiro momento de avaliação, a participação foi Boa/Muito Boa. O teste revelou-se francamente positivo.


Agora tinha de estudar para o segundo... penso que até este segundo momento a minha participação se revolou mais ou menos parecida (que é uma experessão que gosto muito de usar, visto que revela muita exactidão!). Agora tinha a AE, que roubava muito do meu tempo, ainda assim, continuei um aluno razoalvelmente bom.


Acabou o período e a nota foi praí um 17... não posso precisar... enfim foi uma nota boa...


a displina era agora muito mais do que uma simples disciplina "para subir notas" como muita gente dizia e chegava agora ao estatuto de relativamente "porreira, pá!".... uma óptima designação, para uma displina que não me dizia grande coisa...


Gostava mesmo da matéria e da forma descontraída como a professora dava as aulas, sendo que, pelo teor das matérias e pela conduta natural da disciplina eram muitos os debates e conversas...


A professora foi promovida do grau de "professora gira e divertida" para "professora relativamente excelente, divertida, gira e nossa amiga".


Um grande salto para quem pense que não... uma professora relativamente excelente é quase excelente. enfim... esse grau não tardaria a chegar.


o segundo período desenrolou-se da mesma maneira, mas a professora foi promovida novamente.

[Este blogue é mesmo útil: dá-me a possibilidade de promover pessoas, sem que isso implique necessariamente, um melhor ordenado!]


A minha nota foi 18.


A professora, agora no topo da carreira ainda resolve passar de nossa amiga para nossa confidente.


acho que a nota da professora e da disciplina, essas sim devia ser vinte... a minha? acho que não...


Mereço o que mereço... Nem gosto desta coisa da auto-avaliação!...


Senhora professora Diana Tavares e turma, desculpem por este texto desajeitado que se recomenda apenas pelo autor [momento de presunção xD]... a conclusão é a mesma de tantos outros:


A Professora Diana Tavares, no topo da sua carreira, é provavelmente uma das melhores Professoras e Pessoas (ambas com P maiúsculo) que já conheci... ela estará para sempre na memória de toda a turma... ou pelo menos na minha...


MUITO OBRIGADO POR TUDO SENHORA DIANA! :)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Nunca deixem de sonhar :')

Hoje foi definitivamente um dia cheio de emoção onde os sentimentos estiveram à flor da pele.

À 7 anos atrás, fomos finalistas da escola primária, e lembro-me que a minha professora nos ofereceu um poema, que é sem dúvida o meu preferido e que uso como lema. Chama-se "O Sonho" e é de Sebastião da Gama

"Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo

que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos

e do que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos."


Desejo-vos tudo de bom e lembrem-se do que disse Fernando Pessoa
"Põe quanto tu és no mínimo que fazes."

Reflexão (ou tentativa) e Auto-Avaliação

Não podia deixar de referir, antes de mais, que no início fiquei muito chateada quando me ligaram, estava eu em Vigo no Mundial de Hóquei em Patins, a informar que não havia sociologia e então tinha de ir à escola no dia seguinte. Resposta da Rita (eu): "Estou em Espanha, não posso ir aí!".

Como sou uma pessoa relativamente responsável, resolvi ir à escola mal cheguei a Portugal (bem, foi só no dia seguinte). Uma professora muito querida (cofcof) disse "Vais ter psicologia!". Pensei "Uau! Que escolha ponderada da minha parte. (-.-)" .

Parece que estava destinada a esta disciplina, pois acabei por descobrir que gostava de trabalhar nesta área.

Ao longo deste ano, cresci (não em tamanho, porque isso está complicado) e aprendi a compreender melhor as pessoas e sobretudo a mim própria. Passei a ser uma pessoa mais ponderada e altruísta. Empenhei-me!

A disciplina de Psicologia ajudou-me a compreender muito melhor quem sou e quem são os outros. Foi sem dúvida a disciplina que mais gostei, e quando aprendia alguma coisa, não decorava para os testes, pois comentava com os meus pais, a propósito de situações do dia-a-dia.
O momento que mais me marcou, durante todas as aulas, foi quando contamos a nossa história de vida e ouvimos as dos outros. Foi fundamental para conhecer melhor os meus colegas, para compreender muitas das suas atitudes e, sobretudo, para os respeitar nos seus defeitos e nas suas virtudes.

Não posso deixar de agradecer à professora Diana, por todas as "abanadelas" que nos deu e pela forma "terra a terra" com que deu as aulas.

Ao longo destes 17 anos (por falar em 17, é exactamente esta a nota que eu acho que mereço), passou muita gente por mim, e é disso que tenho pena, passou. Espero que os amigos que construí (é disso que se trata a amizade, de uma construção diária) durem para sempre, como diz a música que com orgulho e sentimento cantámos hoje "Amigos para sempre / Seremos até morrer".

Obrigada a todos por fazerem parte de mim e da minha história de vida <3

25 de Abril de 1974

Cuida bem da tua casa!


Já paraste para reflectir sobre qual é a tua verdadeira e única casa? Não são as quatro paredes dentro das quais te escondes ao fim do dia. A tua casa é, sim, o planeta que tu e todos nós habitamos. E NÓS estamos a destruí-lo! É importante tomarmos consciência deste problema. Penso que as pessoas ainda não se aperceberam realmente da gravidade da situação e continuam a menosprezar o seu dever físico e a não assumir a sua quota-parte de responsabilidade, como se isto fosse um mal menor, mas na minha opinião, esta é a questão mais preocupante que enfrentamos actualmente. Estamos a destruir as florestas, que são a fonte do ar que respiramos; estamos a poluir as águas, que são a nossa forma de saciar a sede e são do consumo de todas as nossas actividades diárias; estamos a dizimar descontroladamente as mais variadas espécies animais e de plantas, imprescindíveis para o equilíbrio terrestre; estamos a poluir o ar que respiramos e a destruir a camada do ozono, que nos protege dos malefícios do sol. Para simplificar, estamos a neutralizar o Planeta Terra! Querem ficar sem casa para viver?! A mudança começa (e acaba) em nós! O problema é crescente, uma vez que vivemos numa era de globalização, em que os danos causados num determinado lugar são sentidos no outro canto do mundo. Pois então, comecemos pelos gestos mais simples; Uma coisa que se me afigurou inadmissível, foi o facto de constatar que, nos dias de hoje, a grande maioria da população não faz reciclagem!!! A meu ver, é imperdoável, uma vez que é um gesto super simples e que apenas leva uns minutos da nossa vida, mas que para o Planeta faz toda a diferença. Poupar água é também imprescindível, já que a água potável na Terra é cada vez mais escassa. Estes são apenas alguns dos exemplos básicos que toda a população do globo deveria adoptar (e é imperdoável que não tenha ainda adoptado) e que fariam toda a diferença na preservação do meio ambiente. Além do mais, somos apenas uma infima parte de toda a vida que habita na Terra, e estamos a pôr em causa, não só a nossa existência, mas também a de todas as outras espécies. Não temos esse direito! O ser humano é o principal responsável pelas feridas causadas no nosso Planeta... e este tem-se manifestado! As crescentes libertações de energia do núcleo terrestre e as alterações climáticas não são meros acasos, são o reflexo de todo o mal que temos vindo a causar. Será que nos queremos arriscar a "irritar" ainda mais a Terra, e termos que pagar a conta no final?... Como principal responsável, o Homem é também o principal (possível) salvador do Planeta. Como tal, NÃO nos vamos demitir da nossa responsabilidade! Vamos Cuidar Bem da Nossa Casa!!! Não quero com isto dizer que os problemas da economia e etc. não sejam importantes, mas de que nos serve canalizar tanto tempo e atenção a contar o dinheiro se, a este ritmo, dentro de poucos anos teremos aniquilado completamente o único lugar onde podemos morar?


Vuvuzelas

Riquezas, hoje enquanto assistia ao jogo da nossa selecção de futebol, e apesar no sono, fiquei extremamente irritada com o barulho emitido pelas vuvuzelas.
Ao ouvir falar dos melefícios deste maravilhoso instrumento, não podia deixar de os partilhar convosco.


Aquela bodega pode causar surdez no ser humano, mas mais depressa deve levar à loucura. Além de tudo isto, e muito mais grave, é o facto de não permitir a correcta comunicação entre os treinadores e os jogadores (talvez sirva de desculpa para a maravilhosa prestação que se prevê por parte da selecção portuguesa).

Bem, basicamente deviam ser proibidas. Enquanto isso nao aconteça, sugiro para quem tem facebook, que adira ao maravilhoso grupo que um génio anónimo resolveu criar, que diz respeito à campanha das vuvuzelas da Galp, que não divulgo o nome por questões éticas. Descubram!

Beijinhos para todos e não percam tempo a ver os jogos, estudem para os exames :b

"Homossexualidade e Adopção"

Pesquisando na Internet sobre temas de Psicologia, encontrei o seguinte artigo, retirado do Diário de Notícias:

"Psicóloga conclui que as crianças podem ter vantagens em ser criadas por dois pais ou duas mães. Problemas estão na forma como a sociedade estigmatiza estas famílias.

Os homossexuais, em geral, não são “neuróticos e ansiosos”. Pelo contrário, são “afectuosos, tranquilos, confiantes e firmes nas decisões”, características que fazem deles melhores pais do que muitos heterossexuais, mais “neuróticos, ansiosos e inseguros”. Conclusões surpreendentes de uma tese em psicologia sobre homoparentalidade, que desfaz estereótipos como o de que uma criança criada por homossexuais tem maiores probabilidades de ser gay ou lésbica.

A psicóloga Vanessa Ramalho diz que a “identidade sexual da criança é formada muito precocemente, muito antes do bebé conseguir distinguir um homem de uma mulher. O que conhece são os cuidadores e faz uma síntese das características que gosta e que não gosta neles”.

Ana recorda a “felicidade imensa” que foi para os seus pais o nascimento dos seus filhos, numa altura em que “já tinham perdido a esperança de ter netos”, aceitando “naturalmente” a namorada e a relação que ela tem com os gémeos. E conclui: “Parecem-me crianças felizes e despreocupadas e, apesar da pouca idade, já perceberam que a mamã não tem um marido e que não têm um pai nos moldes da maioria dos amiguinhos, mas sinto que vivem isso de uma forma natural, porque eu e a minha família isso lhes transmitimos.”

Manuel (igualmente nome fictício) tem outra história de paternidade para contar. O filho, de 12 anos, resultou de um casamento heterossexual. A criança viveu com ambos os pais até aos sete anos, altura em que o pai se assumiu como gay. Ficou a viver com a mãe, mudando-se no último ano para a companhia do Manuel e do companheiro por “uma questão de logística”.

A investigadora diz que “a estigmatização da sociedade é que cria obstáculos à homoparentalidade ou à adopção por homossexuais“. E defende campanhas de sensibilização sobre estas novas famílias.Vanessa Ramalho considera o seu estudo “um contributo para o debate do tema”, reconhecendo a limitação da amostra: 25 heterossexuais e 25 homossexuais. Mas a sua tese, orientada pelo pedopsiquiatra Eduardo Sá, é o primeiro trabalho do género em Portugal, dada a dificuldade em inquirir esta comunidade. É que os homossexuais ainda não se sentem preparados para darem a cara!"


Concluindo: Não estará na altura de abrirmos finalmente as nossas mentalidades?

A Timidez do Ser Humano :)

A Timidez ou o Acanhamento pode ser definida como um desconforto e a inibição em situações de interacção pessoal que interferem na realização dos objectivos pessoais e profissionais de quem a sofre.
Caracteriza-se por uma preocupação com as atitudes, reacções e pensamentos dos outros.
A timidez desenvolve-se geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interacção com algumas pessoas: contacto com estranhos e ao falar diante de grupos - e até mesmo em ambiente familiar.

A timidez é um padrão de comportamento em que a pessoa não exprime (ou exprime pouco) os seus pensamentos e sentimentos, o que a faz não interagir activamente. Embora não comprometa de forma significativa a realização pessoal, constitui-se em factor de empobrecimento da qualidade de vida.
Deste ponto de vista, a timidez não pode ser considerada um transtorno mental.

Aliás, quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afectados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade como um todo, ou micro-sociedades.

A timidez funciona ainda como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude de cautela e buscar a resposta adequada para a situação.


“Uma espécie de tímido, aquele que não teme o relacionamento social, simplesmente prefere estar só, sentindo-se mais confortável com suas ideias e com seus objectos inanimados do que com outras pessoas”

“Esta seria a pessoa comummente chamada de introvertida, que tem muitos pontos em comum com o tímido e se torna vulnerável a transtornos de ansiedade”
(Philip Zimbardo)

"O gelo da timidez desfaz-se ao fogo do amor." (William Shakespear)

Auto-avaliação


Reflexão sobre o Percurso Efectuado na Disciplina

Em termos gerais penso que tive um desenvolvimento razoavelmente bom na disciplina, embora tenha existido alguns altos e baixos.

Fiquei muito contente por ter psicologia neste ano, visto que é uma área que sempre me fascinou.
No entanto, sinto que poderia ter usufruído muito mais desta oportunidade…
Nem sempre nos aplicamos a 100% em algo de que gostamos, por variados motivos do quotidiano, por isso passado alguns tempos arrependemo-nos disso…

Ao longo deste ano efectuei progressos, no entanto há certos pontos de travagem que persistem em continuar na minha pessoa... nomeadamente o facto de não me sentir à vontade o suficiente para ter uma participação excelente em sala de aula, e um outro entrave grave é o bloqueio nas apresentações de trabalhos à turma, algo que acho estar a evoluir muito lentamente, mas que ao longo do ano me limitou um pouco na transmissão de conhecimentos.

Mas globalmente sinto que evolui, tanto em conteúdos como em termos Humanos!

Por estes motivos e por motivos quantitativos e qualificativos de trabalhos efectuados ao longo do ano, sinto que merece assegurar o meu 15, embora tenha decaído um pouco neste último teste.

Objecto da Psicologia

25 de Abril – A Liberdade Instaurada, Depois da Repressão Extremista


Principais alterações vividas depois da Revolução dos Cravos de 1974:

"Começei a conviver mais com os meus amigos, o que antes era impensável"
"Começaram a haver maior facilidade em encontrar trabalho , aumentou a procura inclusive"
"A Alimentação melhorou significativamente"
"Maior liberdade de expressão"

" Antes deste grande dia nós (povo) não tinhamos sentimentos"
" Depois tudo parecia vindo do céu "

Auto-avaliação


Astrologia Kármica












Personalidade







Auto-avaliação: O meu percurso no lectivo de 2009-2010


Bem não é muito fácil recordar um ano inteiro. Mas vamos lá começar... :)

A nível geral penso que foi um ano muito bom. Teve altos e baixos, mas foi positivo. Refiro a altos e baixos no que toca a testes. Isto porque no que respeita a mim mesmo tenho de admitir que cresci em alguns aspectos, desenvolvi muito a minha oralidade, a minha a vontade na apresentação de trabalhos foi melhorar, deixei de tremer substituíndo os nervos por descontração xD.

O primeiro período foi francamente positivo. A nota que obtive (17) foi muito boa revelou o esforço, o trabalho, a dedicação. Fiquei bastante satisfeita até porque era a primeira vez que estava a ter psicologia, não fazia a mínima ideia do que se tratava...

O segundo período foi a meu ver bom. Registei uma evolução grande, não só a nível de testes (se bem que desci no segundo), mas a nível de particpação na aula, de trabalhos realizados. No entanto, a nota não subiu como desejava, mantendo-se.

Neste último período, o cansaço falou um bocadinho mais alto. No entanto, tendo consciência de que podia ainda lutar por chegar a um patamar subir esforcei-me ainda mais. A ambição de chegar mais além, a noção de que dependia de mim foram os elementos que me fizeram lutar contra o desgaste. No que diz respeito a participação na aula e a atitudes foram muito positivas, e devo dizer que foi a disciplina em que mais participei, talvez por me sentir mais a vontade. Os trabalhos que realizei foram muito positivos, e sublinho que tive algumas falhas, mas que foram já ultrapassadas.

Por todas estas razões acho que este período mereço conquistar o patamar pelo qual lutei 18, não deixando de esquecer a frustação que sinto em não ter chegado um pouco mais longe, porque tenho de reconhecer que foram várias as vezes que me disseram "tu chegas lá", "eu quero dar-te 19, mas tens de trabalhar" (palavras ditas pela professora Diana Tavares).

Apesar de tudo termino o ano satisfeita por saber obtive bons resultados, mas independentemente da nota deste período e dos anteriores saiu orgulhosa e feliz por ter conseguido crescer mais um bocado, por ter aprendido coisas que talvez não mais aprenderei...:)

Relações Interpessoais e Preconceitos


"Num comboio que se dirige do Norte para o Sul da Europa, viajam, no mesmo compartimento, um executivo da Europa central, a sua secretária, uma adolescente nórdica que está de férias e um árabe.

Ao passar por um túnel, que deixa o comboio na escuridão, ouve-se uma série de movimentos rápidos e uma sonora bofetada.

O árabe pensa: «Os europeus são todos iguais. De certeza que o executivo se atirou à secretária, aproveitando-se da escuridão, ela pensou que o culpado era eu e deu-me uma bofetada».

A adolescente nórdica, progressista, pensou: «Este executivo deve ser cá um machista, bem feito por ler levado uma bofetada da secretária».

A secretária pensou: «Estes árabes, como sempre, são sedentos de sexo. Não me admira nada que a pobre rapariga se tenha visto obrigada a defender-se do assédio com uma bofetada. Oxalá a coisa não passe daqui».

E pensa o executivo: «Espero que chegue depressa outro túnel para dar outra bofetada a este imigrante desagradável".


Adaptado de J. Morales, Psicologia Social, 1997

O que mudou na tua vida com a Revolução do 25 de Abril de 1974?


Pegando na proposta que a professora fez, pedi à minha avó que me contasse aquilo que mudou na vida dela com a Revolução do 25 de Abril, que marcou o nosso país e os portugueses.


Ela começou por me dizer "ganhei a liberdade que nunca tive e que nunca pensara que viria a ter". Contou-me que até a esta altura não sabia o que era sair de casa, desconhecia o que era o mundo lá fora, "a minha vida era passada a trabalhar no campo isolada de tudo o que me rodeava e a cuidar da família". Uma das conquista que teve foi a obtenção de liberdade - "Com o 25 de Abril pode começar a criar as minhas próprias opiniões, a discutir os diversos assuntos".


Afirmou que a sua vida ganhou outra dinâmica - "As conversas com os vizinhos passaram a fazer parte do dia-a-dia. Lembro-me de uma vez estar ao portão de casa com algumas pessoas e estarmos a falar de política e do que iria acontecer."


Disse-me que "esta revolução constituíu o abrir as portas para o desconhecido". Não percebi muito bem o que ela quis dizer, então pedi que me explicasse o que queria dizer. "Algum tempo depois do acontecimento comprei uma televisão, que me permitiu ter contacto com o mundo exterior. Acho que foi também uma conquista importante porque me permitiu desenvolver um pouco mais enquanto ser social".


Ao terminar esta nossa conversa falou-me com alguma tristeza. "Ao olhar para o mundo de hoje, e para a tua geração sobretudo, percebo que vocês hoje têm tudo e não dão valor a isso. Aquilo pelo que tivemos de lutar para obter, vocês hoje têm de mão beijada e ainda criticam. Os valores que marcaram os meus tempos já não existem hoje em dia, e aqueles que ainda sobrevivem são muito escassos..."


Com esta conversa percebi que a minha avó teve muitas mudanças, as marcas são visivéis e notasse que ela foi muito afectada, no entanto existe um lado positivo que foi o seu crescimento, o seu desenvolvimento enquanto pessoa....

Chegámos ao final!

Parece que foi ainda ontem que iniciámos este último e decisivo ano lectivo, e já nos estamos a despedir! Foram muitas as coisas que nos marcaram este ano, mas uma delas foi sem dúvida, a disciplina de Psicologia!!! Conforme iamos falando hoje no nosso almoço de despedida, nesta disciplina aprendemos muito mais do que o próprio programa exigia; foi um contributo importantíssimo para nós enquanto pessoas, uma vez que aprendemos a compreender e sobretudo a respeitar os nossos sentimentos mais profundos, a valorizarmo-nos, a atribuir mais importância às relações humanas do que a tudo o resto, e sobretudo, aprendemos a ser uma turma mais unida!
Temos mesmo que reconhecer que para tudo isto ser possível, o elemento-chave foi a nossa professora Diana, que pessoalmente foi uma pessoa tão importante para mim, que tenho a certeza que nunca mais irei esquecer, por muitos anos que viva! A experiência e a forma de viver a vida que nos foi transmitindo ao longo das aulas foi algo que nenhum outro professor foi capaz de fazer, pois nenhum outro professor conseguiu criar connosco uma relação tão próxima e tão amiga. Foi, sem dúvida, de uma importância enorme. :)

Espero sinceramente que todos vocês tenham conseguido compreender e apreender estas mensagens e ensinamentos que a professora nos foi tentando passar ao longo do ano pois, mais importante ainda do que termos boas notas nos testes, é tornarmo-nos pessoas melhores, e sem dúvida penso que a mensagem surtiu o devido efeito.
É muito importante que nunca nos esqueçamos de tudo o que vivemos nesta escola, não só no 12º ano, mas ao longo dos 3 anos em que a turma se manteve unida para ultrapassar uma das fases mais difíceis das nossas vidas (o implacável período da adolescência!!!).

Pelo menos para mim, tudo o que nós vivemos foram experiências únicas, desde as visitas de estudo, passando pelos momentos de stress em fases de testes, e acabando na meia dúzia de faltas que lá iamos dando só porque não apetecia ir para a sala! :D Tudo isto faz parte desta etapa que estamos agora a acabar, e na minha perspectiva, mesmo as próprias faltas sem motivo são saudáveis, pois se não as dermos agora, vamos dar quando?!

Temos que aprender a viver a vida intensamente e não dar valor apenas às nossas notas que, apesar de importantes, não são elas que fazem o nosso verdadeiro ser. Espero portanto que as amizades que criamos ao longo destes 3 anos nunca sejam perdidas, pois foram elas que nos ajudaram a crescer! :)
Para finalizar, e fazendo minhas as palavras da professora Diana nesta última aula, espero sinceramente que todos vocês sejam o mais felizes possível, mais felizes do que a própria felicidade, pois sem dúvida que somos uma turma fantástica, tivemos o apoio de uma professora igualmente fantástica, e sinto-me orgulhosa por poder dizer que tenho amigos tão fenomenais como vocês! :) Sigam os vossos sonhos e as vossas vontades independentemente de tudo o que vos digam, e nunca se esqueçam que temos de nos juntar de vez em quando!!! :D



Para todos, um beijinho do tamanho do universo e, agora que aprendemos o que é o amor e que este tem várias formas de se manifestar, posso dizer com toda a sinceridade:



- AMO-VOS!


Auto-Avaliação

Foi-nos pedido que fizéssemos uma reflexão geral do ano lectivo completo, como forma de auto-avaliação, para justificarmos a nossa nota.

Olhando para trás e avaliando o meu percurso, vejo que teve alguns altos e baixos; no 1º período, provavelmente por ainda ser o inicio do ano e as cabeças estarem "mais frescas", consegui um resultado francamente bom, 18 valores, visto que me esforcei, não só em ambos os testes, mas também nos trabalhos que nos foram propostos. Penso que foi uma nota justa.
No entanto, no 2º período, reconheço que não me esforcei tanto como no 1º, e isso reflectiu-se na nota final. Apesar de considerar que no 2º período a minha participação na aula melhorou bastante, a nível de testes e trabalhos obtive resultados mais fracos.
Contudo, neste último período, apliquei-me mais para o teste e para os trabalhos, como forma de recuperar do 17 do 2º período, e esse meu esforço foi recompensado. Penso que em termos de atitudes e participação também estive bem, e penso que, novamente, um 18 será uma nota justa.
No fundo, soube reconhecer que falhei e soube lutar para contrariar essa falha e, agora que chegámos ao fim, sinto-me satisfeita com o resultado final, apesar de lá no fundo ter consciência de que ainda podia ter conseguido mais! Mas sinto-me bastante feliz com a nota atribuída. :)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

25 de Abril de 1974


À conversa com a minha mãe, e apesar de ela apenas ter 7 anos de idade aquando do 25 de Abril, notei algumas alterações na sua vida, nomeadamente no que diz respeito ao microssistema.

"O que mais notei foram alterações no que respeita à escola; antes do 25 de Abril, fiz a primeira classe como aluna da minha mãe, numa escola em que rapazes e raparigas estavam separados, quer nas aulas quer no recreio. o mais engraçado, é que apesar de os alunos serem separados, eu estava numa turma de rapazes, pois a minha mãe dava aulas aos rapazes! Depois do 25 de Abril fui obrigada a mudar para a escola da minha área de residência, deixei de ser aluna da minha mãe, e já estava numa turma mista, e tinha muito medo dos rapazes!"

"Era muito nova e não tenho a noção das alterações na sociedade, mas lembro-me de começarem a existir muitas manifestações, passava na rua e eram só caravanas com os carros a apitar e com bandeiras, os muros cheios de cartazes políticos, dos mais diversos partidos! Também me lembro de, na televisão, à hora do almoço, começarem a dar os desenhos animados dos Beatles! Começou a haver muito mais agitação, e as músicas de intervenção passaram a ser uma constante nas rádios e em todos os locais públicos. Antes, isso era impensável!"

"Também me lembro da grande vaga de retornados das ex-colónias, a maior parte deles vieram sem nada, e comecei a conviver com eles diariamente, na escola, eram vizinhos, e alguns deles ainda hoje são grandes amigos. Tenho uma vaga ideia de em Lisboa terem feito A Pirâmide, com alimentos para ajudarem os retornados, e davam as imagens na televisão. Foi pouco tempo depois do Natal desse ano..."