"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Relatório do Filme "Freedom Writers"

O filme “Freedom Writers”, visualizado nas aulas de Psicologia no âmbito do capítulo “A Cultura”, mostra-nos exactamente isso, o lado negro da diversidade cultural.
A história passa-se num bairro problemático, onde convivem as mais variadas raças e culturas, o que inevitavelmente leva a comportamentos racistas. Os tiros, os desacatos, a violência em geral, são uma realidade à espreita em cada esquina.
É na escola deste bairro que fica colocada a professora Erin Gruwell que, ao deparar-se com a turma diversificada e complexa que tem pela frente, está determinada a ajudar os seus alunos a ultrapassarem as dificuldades do meio em que vivem e a tentar dar-lhes um sentido à vida. Dá-lhes aquilo que eles mais necessitam: uma voz própria. Nem tudo foi fácil, pois teve que ultrapassar diversos processos burocráticos impostos pela directora da escola, que sempre dera a turma como um caso perdido. Mas, na realidade, a professora conseguiu dar a volta ao assunto; os alunos começaram a escrever as suas vivências quotidianas, deixando registado os horrores que, infelizmente, ainda hoje são prato forte dos locais onde as mais diferentes culturas convivem. O objectivo disto era cultivar o respeito mútuo entre as diferentes culturas. No final, todos os relatos são compilados e publicados em livro. O resultado, é uma reviravolta total na vida destes estudantes, o que só vem provar que o ser humano é maioritariamente fruto do meio em que vive pois, as mesmas pessoas, vivendo em condições problemáticas e sem ajudas, manifestavam um carácter violento, não tinham expectativas em relação ao futuro, eram até capazes de se matarem umas às outras só por terem uma cor ou origem diferente e, essas mesmas pessoas, ajudadas por alguém que lhes faz ver que a diversidade cultural pode trazer muito mais vantagens do que desvantagens, passaram a ser alguém com perspectivas risonhas para o futuro que se lhes aproximava.

Um comentário:

  1. The Freedom Writers é um filme dramático, estreou em 2007, foi dirigido por Richard LaGravenese e produzido por Danny DeVito, Michael Shamberg e Stacey Sher. É um filme verídico cuja acção ocorre em Long Beach, Califórnia e a atriz principal é a professora Erin Gruwell (Hilary Swank) que começa a trabalhar numa escola onde estudam alunos de raças e culturas diferentes, o que leva ao racismo, gangues e violência inter-racial por parte destes adolescentes com problemas socioeconómicos. Quando se apercebe dos problemas dos seus alunos, Ms. G tenta ajudá-los a ultrapassar os seus problemas e tenta dar-lhes um sentido à vida.
    É um filme ainda actual já que os problemas socioeconómicos (guerra entre gangues, roubos, crimes e violência escolar) ainda são muito reais hoje em dia e não irão desaparecer se ficarmos de braços cruzados. Foi isso que os alunos de Erin Gruwell pensaram e, com a ajuda da sua professora, “libertaram-se através do poder da escrita”, eles escreveram todos sobre os seus problemas, os seus sonhos e paixões e decidiram publicar um diário com a esperança que pudessem servir de exemplo para os outros alunos da escola e que pudessem mudar o mundo.
    Na minha opinião, é um filme comovente, interessante e que todos os estudantes deviam assistir, pelo menos uma vez, já que, pelo menos no meu caso, relembra-me como sou sortudo por não ter de lidar com este tipo de problemas na minha escola e no meu bairro. Adorei o filme e concordo com a mensagem que este nos transmite: “Quem decide sobre o meu destino sou eu e apenas eu”.

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