"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Relátorio do Filme "Freedom writers"

Relatório do filme “Freedom Writers”


O filme ‘’Escritores da Liberdade’’ (Freedom Writers) é baseado em factos reais, transmite uma mensagem humanista e mostra como é possível transformar a vida das pessoas que já não acreditam nelas próprias.
O filme conta a história de uma professora novata que luta contra um sistema de preconceitos e estereótipos, valorizando alunos de diferentes etnias. Ela promove a integração dos diversos grupos e incentiva a leitura e expressão de sentimentos dos seus alunos.
As mudanças de comportamento incentivadas pela professora Erin Gruwell, na sua turma, demonstram como um comportamento assertivo é capaz de causar transformações para melhoria de vida de um indivíduo. Ora isso irá desencadear um conjunto de novos comportamentos que possibilitarão ao indivíduo modificar as condições em que vive. Os alunos de Erin Gruwell estavam habituados a lidar com a realidade pela via da violência, mas aprenderam que é possível lidar com ela através da comunicação, de uma forma pacífica. No início do filme, os alunos olham-se de forma desigual uns com os outros, daí os conflitos que se foram originando, quer entre eles, quer com nova professora; até ao momento, estes jovens careciam de alguém que neles fomentasse os sentimentos de auto-estima, responsabilidade e auto-observação. É evidente que, até à chegada desta professora, a vida dos alunos havia sido repleta de revolta, ódio e punição; ela foi capaz, contudo, de alterar a perspectiva dos seus alunos, mostrando e valorizando o potencial de cada um, estimulando a sua auto-estima, incentivando-os e motivando-os à luta por uma nova vida, através da mudança de atitude. A professora apercebe-se das dificuldades enfrentadas pelos jovens, ao longo da sua vida, causadoras da sua personalidade arrogante e auto-defensiva. Decide, então, inovar seu método de ensino de forma a incentivá-los a apresentarem uma postura mais pertinente e atenta.
Ela decide oferecer um caderno a cada aluno, que funciona como um diário, no qual podiam escrever acerca dos conflitos nas suas vidas, assim como as suas esperanças e desejos mais profundos. Isso promove, nos adolescentes, o sentimento de auto-observação, já que passam a escrever sobre sí, analisando-se interiormente. Erin Gruwel incita, também, à leitura do “Diário de Anne Frank”, como tentativa de cultivar, nos alunos, o respeito mútuo, assim como a tolerância, para que conflitos possam ser evitados.
A certo momento, Erin Gruwel propõe que os diários dos adolescentes sejam transformados em livro, reforçando a ideia de apoio, incentivo e correcção, valorizando o que foi por eles escrito.
Em suma, a chegada da professora trouxe uma nova esperança à vida daqueles jovens, que, até então, viviam em condições degradantes, envolviam-se em gangues, etc. Ela abriu-lhes a porta do conhecimento e da cultura, demonstrando-lhes o seu verdadeiro valor e estimulando a livre expressão, de uma forma saudável. Foi o nascer de uma nova vida.

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