"Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros!"
Eugène Ionesco

sábado, 28 de novembro de 2009

A Influência do Genótipo na Complexidade de um Ser

Genótipo define-se muito sinteticamente como: conjunto de cromossomas que constituem o núcleo de cada uma das nossas células…

Assim, e partindo do princípio que a carga genética de uma célula é fundamental para definir algumas das nossas características, podemos afirmar que o genótipo (em conjunto com o meio) define quem somos. As perguntas que aqui se colocam são: “Até que ponto é que um genótipo abundante garante um ser mais complexo?”, “Estará relacionado o desenvolvimento do genótipo com a evolução de que falava Darwin?”, “Será possível a criação de um ser cada vez mais perfeito através da manipulação das estruturas genotípicas?”… Veremos ao longo do trabalho que estas perguntas são de fácil resolução.


Quando pensamos no facto de um ser vivo ser mais completo quanto a complexidade da sua carga genética e fazemos pesquisa em relação a isso, é impossível ignorarmos casos como a samambaia e a borboleta que têm, respectivamente, 1200 e 380 cromossomas em cada célula do seu corpo; ao compararmos seres simples como a samambaia com seres tão complexos como o ser humano (que tem apenas 46 cromossomas), damo-nos conta de que realmente a complexidade de um determinado ser e o seu número cromossomático não estabelecem uma relação de proporcionalidade directa. Então, podemos desde já afirmar que a complexidade dos seres não se relaciona só com a sua complexidade genotípica; falamos então de fenótipo


O fenótipo resulta da carga genética em interacção com o meio, sendo assim, uma decomposição do conceito esquematizada seria:

Genótipo + Ambiente -> Fenótipo


Em relação à possibilidade de criar um ser humano melhor, melhorando o seu genótipo, deparamo-nos já com alguns obstáculos; mas a natureza já “se encarregou” de nos dissuadir dessa ideia: Trissomia 21

A Trissomia 21 ou Síndrome de Down não é mais do que a adição (não provocada) de um cromossoma ao genótipo de um indivíduo, daí resultando, um indivíduo igualmente complexo, mas com algumas limitações… Desta forma, está provado na prática, que um cromossoma a mais não melhora a espécie, mas limita-a… Assim, depois de todos os exemplos e provas dadas, podemos afirmar peremptoriamente que a complexidade de um ser, qualquer que seja, não se relaciona única e exclusivamente com a sua carga cromossomática!...

“Mas que não tenhamos ilusões – a nossa pesquisa ainda nos deixaria muito incapazes de alcançar a extrema complexidade dos organismos mais simples!” Dr. Ilya Prigogine

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